QUESTÃO 442 - YOUCAT: COMO AVALIA A IGREJA O CAPITALISMO E A ECONOMIA DE MERCADO?
(Em edição)
A rejeição da Igreja ao socialismo não significa necessariamente que ela opte pelo capitalismo. É evidente que a liberdade de mercado é necessária, mas não sem certa intervenção do Estado. O Papa São João Paulo II, na encíclica Centesimus Annus, esclarece: http://www.icatolica.com/2014/12/e-o-capitalismo.html |
QUESTÃO 442: COMO AVALIA A IGREJA O CAPITALISMO E A ECONOMIA DE MERCADO?
YouCat responde: Um capitalismo que não esteja assente num ordenamento jurídico seguro corre o risco de se desviar do Bem Comum e de se tornar um simples instrumento da ganância de alguns indivíduos. Pelo contrário, ela apoia uma economia de mercado que esteja a serviço do ser humano, impedindo os monopólios e garantindo o sustento de todos com bens essenciais e trabalho. [2426]
E continua: A Doutrina Social da Igreja avalia todas as instituições sociais pela forma como servem o Bem Comum, isto é, como proporcionam "o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição" (Gaudium et spes, nº. 74). Isto também é válido para a economia.
Citações YouCat:
- Um capitalismo sem humanidade, solidariedade e justiça não tem moral nem mesmo futuro. Cardeal Reinhard Marx.
- A angariação de recursos, os financiamentos, a produção, o consumo e todas as outras fases do ciclo econômico têm inevitavelmente implicações morais. Bento XVI, Caritas in veritate, nº. 37
REFLEXÕES
Numa abordagem simples, capitalismo - ao contrário do socialismo - é um sistema econômico e social com fundamento na propriedade privada, no acúmulo de bens e na obtenção de lucro; capital e trabalho são aplicados juntos na manipulação de diferentes tipos de matéria prima, de recursos naturais e humanos, sob regulamentação, especialmente, das leis de mercado.
Capitalismo e socialismo, sem a vigilante submissão aos desígnios de Deus, não são bem-vindos porque, facilmente, descambam para o desamor, gerando o caos social.
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IV. A actividade económica e a justiça social
2426. O desenvolvimento das actividades económicas e o crescimento da produção destinam-se a ocorrer às necessidades dos seres humanos. A vida económica não visa somente multiplicar os bens produzidos e aumentar o lucro ou o poder; ordena-se, antes de mais, para o serviço das pessoas, do homem integral e de toda a comunidade humana. Conduzida segundo métodos próprios, a actividade económica deve exercer-se dentro dos limites da ordem moral e segundo as normas da justiça social, a fim de corresponder ao desígnio de Deus sobre o homem (169).
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