QUESTÃO 353 - YOUCAT: POR QUE ADORAMOS A DEUS?
(Em edição)
QUESTÃO 353: POR QUE ADORAMOS A DEUS?
YouCat responde: Adoramos a Deus porque Ele existe e porque o respeito e a adoração são a resposta apropriada à Sua manifestação e à Sua presença. "Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele prestarás culto." (Mt 4,10) [2095-2105, 21,35-2136]
E continua: A adoração de Deus serve também o ser humano, pois liberta-o da escravidão dos pecados deste mundo. Onde Deus já não é adorado ou não é considerado o Senhor da vida e da morte, ocupam outros o Seu lugar e a dignidade humana é colocada em risco. 485.
Citações:
- Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro. 1 Jo 14,9
- Onde Deus é grande, o ser humano não é pequeno, mas torna-se também grande e o mundo amanhece. Bento XVI 11.09.2006
REFLEXÃO
Deus nos amou primeiro.
Deus nos concebeu e nos amou quando nos acalentou, ainda, em nosso berço primordial, quando nos sustentou lá no colo das primícias existências, lá no universo infinito e sublime de Seus sonhos e pensamentos; lá na inteligência criadora de um Deus sem igual, e de todos os momentos; quando nos despertou do sono eterno do inanimado e nos deu vida, nos projetou e nos amou, pronto e acabado; quando nos deu forma, brio, dignidade, e, num vínculo de semelhança, nos insuflou Seu divino sopro de vida, de amor e de esperança.
Somos todos fruto do Seu amor eterno. E, enquanto mais O amamos, mais nos eternizamos, pois o amor de Deus concede vida eterna a Seus amados.
Somos todos fruto do Seu amor eterno. E, enquanto mais O amamos, mais nos eternizamos, pois o amor de Deus concede vida eterna a Seus amados.
É preciso amar a Deus primeiro.
No complexo universo quotidiano das criaturas, multiplicam-se os deuses de todos os tamanhos; de mil formas, tipos, cores e formosuras. Eles disputam os apetrechados e envaidecidos corações humanos. Fervilham-lhes caóticos, deuses incontáveis... desde majestosas árvores sagradas, símbolos de vida, fertilidade e força das nações; ao ancestral penedo que jaz mudo, e que mudo, queda, no tenebroso e profundo desfiladeiro, numa busca insensata do etéreo, pautada, entre outros, no poder e no dinheiro. Do belo vestido exposto na vitrine, valiosa atração do importante magazine, ao cavalo intrépido do habilidoso toureiro. Do luxuoso automóvel da veloz corrida à "pelada", bem batida, driblada, num simples terreiro; à bola que rola no lindo gramado, que no ar, voando, girando, leva força e ganha vida; e estoura no pé do artilheiro que, de pronto, se torna idolatrado e, em um passo, se sente o mais amado, um novo deus do povo, o ganhador da partida.
Produtos da mente humana, criaturas inermes e inertes, escandalosamente subtraidas da natureza, desfilam, todos os deuses, figuras patéticas, diante de nosso olhar inebriado, fixado e indefezo. Coisas do Demo postas a desafiar, a entristecer e escandalizar, diante do autor de todas as coisas, o Deus Único e Verdadeiro, a quem devemos amar e adorar, e direcionar o nosso louvor inteiro. Ele é Aquele que nos amou primeiro, que Se nos revela pelos séculos, em todas as suas criaturas, e por Si mesmo. E, por último, nos quis mostrar, na plenitude dos tempos, Sua dígna e amável face, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, o bendito Filho da Virgem Maria; Deus conosco, um misericordioso e extraordinário evento.
Libertação, meu irmão, meu amigo!
Se Deus quis fazer aliança conosco e, em Cristo, Ele foi superabundante em amor e desvelo; doando-se a todos os que, de boa vontade, vão ao Seu encontro e buscam merecê-lo; o que nos falta, irmãos, para aderirmos ao Deus Verdadeiro? Falta-nos libertação das amarras, dos apegos aos desues do homem velho; das criaturas viciadas que somos, todos nós; incapazes de dobrarmos humildes os joelho, e vivermos felizes o Evangelho.
É difícil, mas não, impossível, largar um vício! Afinal, temos a ajuda de Deus mesmo, para isso. E, se assim não fosse, se o ser humano não tivesse mais jeito, Deus não teria vindo resgatar-nos neste fosso; em Jesus Cristo, no amor, na dor e no direito.
Depois que Jesus partiu da Cruz para a glória do Pai e, passando pela tumba dos oprimidos, ressuscitou, em paz; viver ou morrer, neste mundo, já não importa, Senhor!... Não importa, sequer, saber quem sou!... Importa, apenas, o Teu Amor!... Nada mais!...
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