QUESTÃO 227 - YOUCAT: QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO?



QUESTÃO 227 : QUEM INSTITUIU O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO?


YouCat responde: "Foi o próprio Jesus quem instituiu o sacramento da Reconciliação, quando Se mostrou aos Seus Apóstolos no dia da Páscoa, exortando-os: "Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos". (Jo 20, 22-23) [1485]

E continua: "Em nenhuma parte Jesus falou de maneira tão bela do que acontece no sacramento da Reconciliação como na parábola do Pai misericordioso: nós desviamo-nos, perdemo-nos, não conseguimos mais. Porém, o nosso Pai espera por nós com grande e infinita saudade; Ele perdoa-nos quando regressamos, acolhe-nos novamente, perdoa o pecado. O próprio Jesus perdoou os pecados a muitas pessoas; era-Lhe mais importante que fazer milagres. Ele via aí o maior sinal de irrupção do Reino
de Deus, em que todas as feridas são curadas e todas as lágrimas enxugadas. Jesus transmitiu aos Seus Apóstolos a força do Espírito Santo, na qual Ele perdoava os pecados. Caímos nos braços do nosso Pai celeste, quando nos dirigimos a um Sacerdote e nos confessamos". 314, 524

"Alguns santos chamaram-se "grandes criminosos", porque contemplaram Deus, contemplaram-se a si mesmos - e viram a diferença." Beata Madre Teresa.



Catecismo: itens relacionados:

VI. O sacramento da Penitência e da Reconciliação

1440. O pecado é, antes de mais, ofensa a Deus, ruptura da comunhão com Ele. Ao mesmo tempo, é um atentado contra a comunhão com a Igreja. É por isso que a conversão traz consigo, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, o que é expresso e realizado liturgicamente pelo sacramento da Penitência e Reconciliação (33).


SÓ DEUS PERDOA O PECADO

1441. Só Deus perdoa os pecados (34). Jesus, porque é Filho de Deus, diz de Si próprio: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (Mc 2, 10) e exerce este poder divino: «Os teus pecados são-te perdoados!» (Mc 2, 5) (35). Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, concede este poder aos homens para que o exerçam em seu nome.

1442. Cristo quis que a sua Igreja fosse, toda ela, na sua oração, na sua vida e na sua actividade, sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que Ele nos adquiriu pelo preço do seu sangue. Entretanto, confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério apostólico. É este que está encarregado do «ministério da reconciliação» (2 Cor 5, 18). O apóstolo é enviado «em nome de Cristo» e «é o próprio Deus» que, através dele, exorta e suplica: «Deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20).


REFLEXÃO


Se contemplarmos Deus com o olhar do filho pródigo que retorna e é recebido, depois da desgraça, com alegria, roupa nova e anel de formatura, perceberemos como Deus é infinitamente lindo, benevolente, carinhoso, cuidadoso, misericordioso e não se cansa de andar por nossos caminhos procurando encontrar-nos, onde quer que andemos.

Longe do Pai, o filho sofre, apanha, é escarnecido, desonrado e morto; não foi este o prémio que Jesus recebeu por haver descido de Sua glória?... E convém esclarecer que Jesus, dos desígnios do Pai não se havia desviado, tornou-se um de nós, menos no pecado. Por isto, o Pai o resgatou, o fez ressurgir do vale da morte e o reestabeleceu à direita de Sua glória, lugar de onde havia partido e que lhe ficou reservado. 
A experiência de Jesus no mundo das criaturas nos é muito salutar porque reabre-nos as portas ao Lar paterno; e, certamente, o Pai lhe pôs no dedo um anel de formatura, incrivelmente lindo, como recompensa por Sua obediência e pelo cumprimento de tão amorosa, destemida e gloriosa missão.
Quem não se lembra da conversa que Jesus teve com Seu Pai no Horto das Oliveiras, entre o final daquela difícil quita-feira e o início do grande dia da entrega total? "...Pai, se Te é possível, afasta de mim este cálice!...mas,... seja feita a Tua vontade...!"

Filhos pródigos, dissipamos bens, nossa juventude, os dons do Pai, pelos arraiais da vida, procurando vida na morada da morte, viajando de sul a norte, numa busca desvairada. 
O Pai sabe tudo, vê que tudo concorre para o esgotamento total do filho amado; seu desejo, sua bênção, suas ações, têm um único fim: reaver o filho, avistá-lo ressurgente da curva da estrada.



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