UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL: SUBIR A MONTANHA DE DEUS:
SUBINDO A MONTANHA DE DEUS
Experiência no deserto
(Oficina de Oração e Vida - Frei Ignácio Larañaga)
O Pai nos ama e nos espera no alto da montanha. |
O sacrifício da subida purifica a alma.
http://obrademariabrasilia.com/
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RELATO DE UM ALUNO DA OFICINA DE ORAÇÃO E VIDA
Durante o deserto que realizei com orientadores das Oficinas de Oração e Vida, numa praia de Florianópolis, perdi a consciência de que me encontrava em oração, sentado sobre uma toalha no alto de uma duna.
Durante um tempo que nem sei o quanto foi pois, como disse, havia perdido a consciência, tive uma revelação da qual jamais me esquecerei.
Eis que me vi sozinho em uma montanha. Ela era muito alta e continha em seu topo uma luz muito forte. Em contraste, havia junto à sua base um fosso escuro. E eu me encontrava entre o fosso e a luz. Vi que era fácil para mim chegar ao fosso, era fácil descer a montanha. Também poderia tentar subir ao topo para alcançar a forte luz, mas isto me exigiria muito esforço por causa da grande altura. Por curiosidade, deliberei-me a experimentar a subida. Interessante, eu me havia preparado para esta subida: com um ténis apropriado para caminhada e uma mochila de equipamentos, coisas úteis auxiliares em minha viagem ao topo. Com tudo pronto, sem mais delonga, iniciei a subida.
De início, tudo bem... Porem, depois de certo tempo de caminhada, naquela montanha íngreme, o cansaço apareceu-me e, com ele, a tentação do desânimo, uma vontade de desistir era cada vez mais forte. A montanha parecia mais e mais difícil, alta e íngreme. Enquanto o fosso, lá em baixo, fácil de alcançar. Permaneci por algum tempo sujeito à tentação de desistência até que vi uma Senhora vestida de branco descendo a montanha, vindo ao meu encontro. Ela aproximou-se de mim, pegou minha mão e disse-me uma frase que jamais esquecerei: "Vem, eu quero que você conheça meu filho." E ela levou-me pela mão para continuar a caminhada. Disse-me que para chegar ao topo da montanha era necessário ir simples e puro. Então, larguei a pesada mochila e tirei o ténis; muito mais aliviado, sem aqueles fardos, e com a ajuda daquela bondosa Senhora, dei continuidade à caminhada rumo ao topo.
Após mais algum tempo de caminhada, a montanha voltou a mostrar-se difícil, mais íngreme, enquanto o cansaço reaparecia e tornava-se cada vez mais pesado. Descalço, sentia doer os pés. Cada vez que eu demonstrava algum sinal de cansaço ou de querer desistir, aquela Senhora me apressava mais e me reanimava a continuar. Mas, chegou uma hora em que eu já estava me rendendo, quase caindo de cansado e com dores insuportáveis nos pés. Nesta hora, eu estava mesmo a ponto de desistir. E a Senhora a me puxar insistia para continuar. Mas, naquele momento eu já não conseguia equilibrar-me de pé. Quando estava a tomar a decisão de desistência, eis que algo encheu-me a alma e me mudou. De repente o cansaço sumiu, as feridas e dores dos pés desapareceram e a vontade de continuar cresceu imensamente. Notei então, que havia uma chama luminosa voando sobre a minha cabeça, acompanhando-me por onde quer que fosse. Então, tive o entendimento de muitas coisas que antes não sabia. Sabia, então, o que era aquela luz no topo da montanha e queria alcança-la, não mais por curiosidade, mas sim, por ter verdadeira necessidade dela. Com o corpo e o espírito renovados, continuei a caminhada com uma vontade tão grande como ainda não havia sentido.
Apareceram anjos que retiravam pedras do meu caminho para que não machucasse meus pés. Conversávamos, e eles me diziam para continuar porque estavam me esperando lá no topo. Então, inundei-me de amor por tudo o que havia. Amava a Senhora que tanto me ajudava; amava a chama que me acompanhava e me inundava interiormente, amava os anjos que me auxiliavam na caminhada; amei a montanha, o céu, a mim mesmo, minha vida; e principalmente, amei aquela luz lá do alto da montanha que eu tanto necessitava. A caminhada deixou de ser uma tortura, já não era cansativa, transformou-se em algo prazeroso. Cada passo, era um motivo de alegria, pois assim, estava aproximando-me cada vez mais da luz que tanto queria.
Chegou então uma hora em que me encontrava bem próximo ao topo. Faltando pouco para alcançá-lo, a montanha veio a se tornar tão íngreme, quase impossível de se caminhar. A luz, de perto, era tão forte que doíam nos meus olhos. Tive que manter olhos fechados para tentar caminhar num caminho que se fazia cada vez mais íngreme. Cego pela luz e batido pela montanha, tive que parar. Passei um momento muito difícil, ali, porque já não queria mais voltar e continuar, não conseguia. Então, ajoelhei-me e fiquei ali sem saber o que fazer. Agora eu queria continuar, necessitava disso, não queria desistir. Sem saber o que fazer, comecei a orar. Então, sem muito tardar, surgiu um homem em minha frente. Olhei no seu rosto e ele falou-me calmamente: Feche os olhos e não se preocupe. De agora em diante eu o levarei ao Pai. Fechei os olhos como ele disse e percebi que estava face-a-face com o filho daquela bondosa Senhora. Então, ele me pegou e me carregou no colo, montanha acima. Nesse momento, sentia-me como um bebê no colo da mãe. Estava inundado de uma felicidade, de uma amor que aumentavam a cada instante, pois estava aproximando-me do topo. De repente, o homem parou. Eu sabia que havíamos chegado ao topo da montanha. Então, ele entregou-me a alguém. Eu sabia que finalmente tinha alcançado a forte luz, tinha sido entregue ao Pai. Nesse momento, eu me sentia inundado por uma imensa felicidade, por um intenso amor, uma sensação indescritível. Eu tinha alcançado o topo da montanha, tinha alcançado a forte luz, tinha alcançado o Pai... Nada mais era necessário. Finalmente, eu podia descansar nos braços do Pai. Eu tinha realmente a certeza de estar com Deus.
Foi incrível!...
Quando voltei à realidade, tinha os olhos inundados de lágrimas. Estava chorando não por tristeza, desalento ou alguma dor, chorava de alegria, chorava de felicidade, chorava de amor por tudo, chorava por saber que Deus existe realmente e agora está comigo. Aliás, comigo Deus sempre esteve, eu é que andei descrente, e por descrente, distante!...
Aleluia!...
Glória a Deus nas alturas!...
E paz aos homens que de boa vontade se dispõem a subir a montanha de Deus.
Chegou então uma hora em que me encontrava bem próximo ao topo. Faltando pouco para alcançá-lo, a montanha veio a se tornar tão íngreme, quase impossível de se caminhar. A luz, de perto, era tão forte que doíam nos meus olhos. Tive que manter olhos fechados para tentar caminhar num caminho que se fazia cada vez mais íngreme. Cego pela luz e batido pela montanha, tive que parar. Passei um momento muito difícil, ali, porque já não queria mais voltar e continuar, não conseguia. Então, ajoelhei-me e fiquei ali sem saber o que fazer. Agora eu queria continuar, necessitava disso, não queria desistir. Sem saber o que fazer, comecei a orar. Então, sem muito tardar, surgiu um homem em minha frente. Olhei no seu rosto e ele falou-me calmamente: Feche os olhos e não se preocupe. De agora em diante eu o levarei ao Pai. Fechei os olhos como ele disse e percebi que estava face-a-face com o filho daquela bondosa Senhora. Então, ele me pegou e me carregou no colo, montanha acima. Nesse momento, sentia-me como um bebê no colo da mãe. Estava inundado de uma felicidade, de uma amor que aumentavam a cada instante, pois estava aproximando-me do topo. De repente, o homem parou. Eu sabia que havíamos chegado ao topo da montanha. Então, ele entregou-me a alguém. Eu sabia que finalmente tinha alcançado a forte luz, tinha sido entregue ao Pai. Nesse momento, eu me sentia inundado por uma imensa felicidade, por um intenso amor, uma sensação indescritível. Eu tinha alcançado o topo da montanha, tinha alcançado a forte luz, tinha alcançado o Pai... Nada mais era necessário. Finalmente, eu podia descansar nos braços do Pai. Eu tinha realmente a certeza de estar com Deus.
Foi incrível!...
Quando voltei à realidade, tinha os olhos inundados de lágrimas. Estava chorando não por tristeza, desalento ou alguma dor, chorava de alegria, chorava de felicidade, chorava de amor por tudo, chorava por saber que Deus existe realmente e agora está comigo. Aliás, comigo Deus sempre esteve, eu é que andei descrente, e por descrente, distante!...
Aleluia!...
Glória a Deus nas alturas!...
E paz aos homens que de boa vontade se dispõem a subir a montanha de Deus.
Frei Ignácio Larañaga, criador das Oficinas de Orações e Vida. |
Este é o relato original do oficinista.
(Experiência no deserto).
REFLEXÃO
Refletir pode ser edificante mas, também, pode ser desastroso, especialmente para o cristão que estuda a palavra de Deus com o desejo de progredir na fé.
O desastre acontece quando a insensatez, o orgulho e o egoísmo superam o amor, a confiança, a humildade e a boa vontade.
O desastre acontece quando a insensatez, o orgulho e o egoísmo superam o amor, a confiança, a humildade e a boa vontade.
A leitura bíblica, para ser bem sucedida, há de ser realizada com o coração desarmado, aberto, e precedida sempre de oração, iluminação do Santo Espírito de Deus.
Certa vez, um pregador cristão confiável ensinou-me que refletir é como mergulhar. Ninguém, de bom senso, se dispõe a mergulhar em um rio poluído. E, mesmo sendo em rios de águas puras, abençoadas, precisamos confiar em quem, assim, as qualificou, para nelas imergirmos.
Ao refletirmos a Palavra de Deus precisamos, primeiro, confiar nela, estarmos seguros de que ela só nos traz o bem, a felicidade, o amor e a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. É como diz um poeta: "... amai para entendê-la porque só quem ama tem ouvido capaz de ouvir e entender estrela!"
Assim, de coração puro, desarmado, aberto à busca e à aceitação da verdade, podemos respirar fundo e mergulhar profundo no oceano que é Nosso Senhor Jesus Cristo, fonte de água pura que batiza, cura, liberta e salva.
Subir a montanha de Deus é um exercício de silêncio e solidão; é experimentar as agruras do deserto, é caminhada de salvação; é sair de si mesmo, silenciar as quimeras, desligar a consciência, é interiorização; é reservar tempo e espaço, preparar uma sala de espera especial para receber o mais ilustre dos visitantes que se pode imaginar, o Senhor Deus de nossa vida.
No deserto da montanha, podemos olhar para o alto, para Deus, fonte de luz que no topo resplandece ou, para baixo, para o vazio da existência, onde a luz se desvanece.
(... segue ...)
Ao refletirmos a Palavra de Deus precisamos, primeiro, confiar nela, estarmos seguros de que ela só nos traz o bem, a felicidade, o amor e a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. É como diz um poeta: "... amai para entendê-la porque só quem ama tem ouvido capaz de ouvir e entender estrela!"
Assim, de coração puro, desarmado, aberto à busca e à aceitação da verdade, podemos respirar fundo e mergulhar profundo no oceano que é Nosso Senhor Jesus Cristo, fonte de água pura que batiza, cura, liberta e salva.
Subir a montanha de Deus é um exercício de silêncio e solidão; é experimentar as agruras do deserto, é caminhada de salvação; é sair de si mesmo, silenciar as quimeras, desligar a consciência, é interiorização; é reservar tempo e espaço, preparar uma sala de espera especial para receber o mais ilustre dos visitantes que se pode imaginar, o Senhor Deus de nossa vida.
No deserto da montanha, podemos olhar para o alto, para Deus, fonte de luz que no topo resplandece ou, para baixo, para o vazio da existência, onde a luz se desvanece.
(... segue ...)
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