QUESTÃO 94 - YOUCAT: JESUS SABIA QUE IA MORRER QUANDO ENTROU EM JERUSALÉM?
QUESTÃO 94: JESUS SABIA QUE IA MORRER QUANDO ENTROU EM JERUSALÉM?
Youcat responde: "Sim. Por três vezes, Jesus anunciou o Seu sofrimento e a Sua morte, antes de Ele, consciente e livremente (Lc 9,51), Se ter dirigido para a cidade onde haveria de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição. [557-560, 570]."
Citações youcat:
"Depois começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. Mt 8,31."
"Depois começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. Mt 8,31."
"Ele dizia: "Vede que subimos para Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Vão condená-l'O à morte e entregá-l'O aos gentios; hão de escarnecê-l'O, cuspir-Lhe, açoitá-l'O e dar-Lhe a morte. Mas ao terceiro dia ressuscitará. Mc 10, 32-33."
REFLEXÃO
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém na quinta-feira santa apresenta-se como uma provocação, aos olhos dos anciãos, sumo sacerdotes e escribas. Talvez, para muitos dos que o acompanhavam, gritando glórias, fosse mais que uma oportunidade de provocação, uma manifestação da força do povo e do apoio de Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Certamente, outros eram os planos de Deus e de Jesus. Isto Jesus deixa espantosamente evidente, horas depois, quando ora ao Pai, no Horto das Oliveiras: "Pai, se for possível, afasta de mim este cálice!"
Quem somos nós, humildes criaturas brotadas do barro, sob o olhar do Criador de todas as coisas?
A lâmpada foi inventada mas, apesar de iluminar nossas trevas, não tem o poder de questionar e compreender seu inventor e dizer-lhe: estou sofrendo e me consumindo de calor, não suporto mais tanta energia em meus filamentos. Se for possível, muda a minha sorte.
Não!... Ela não tem este poder, embora seu inventor tenha imensa capacidade de fazê-la resistir tenazmente.
Assim é, para o ser humano, diante de Deus... Somos dependentes do nosso Criador e nossa liberdade é como a de uma borboleta que voa baixo, lenta e suavemente, e não pode escapar da malha de sua efémera natureza, desígnio de Deus.
Creio que muitos de nós se rebelam, jogam a toalha, destroem tudo, e a si mesmos, por não poderem ser tão livres assim para escaparem da malha natural, e portanto, de Deus.
Somos livres para decidirmos dentro de certos parâmetros estabelecidos por nosso Criador. E, no final das contas, temos apenas dois caminhos: caminhar para Deus ou romper com Ele. E romper significa desastre total. Por isto, existe a porta do perdão.
Jesus, como Deus, compreendia tudo e sabia muito bem a importância do drama da salvação da humanidade; como homem, só tinha duas escolhas: o sucesso ou o fracasso da missão.
Jesus sabia e ensinava a Seus discípulos:
"Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena". (Mt 10,28)
Não cabe à criatura compreender ou questionar os desígnio do seu Criador. Mas Jesus, antes de, no homem, ser criatura, no Pai é, também, Criador.
Portanto, tinha segurança de que, embora difícil e cruel, o sacrifício da cruz não significava Seu fim. Significava, isto sim, o cumprimento dos desígnios do Pai e a abertura da porta para salvar a ovelha perdida.
Este é o plano...
Com ele a Trindade demonstrou todo o Seu amor pela humanidade.
Pai, o Filho e o Espírito Santo trabalharam juntos e cuidaram para que tudo se cumprisse conforme estava escrito.
"Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.” (Gn 3,15)
Por isso, Deus enviou um Anjo para anunciar à Virgem Maria que haveria de dar à luz um filho e este receberia o nome Emanuel (Deus conosco).
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