QUESTÃO 136 - YOUCAT: COMO VER A IGREJA AS OUTRAS RELIGIÕES?

(Em edição)

QUESTÃO 136: COMO VER A IGREJA AS OUTRAS RELIGIÕES?

Levy da Costa Bastos.
Presbítero ativo da Igreja Metodista.
Doutor em Teologia pela PUC-Rio.

Youcat responde: "A Igreja respeita tudo o que de bom e verdadeiro têm as outras religiões. Estima a liberdade de religião como um direito humano. Não obstante, sabe que Jesus Cristo é o único redentor da humanidade. Só Ele é "o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). [841-848]"

E continua: "Quem incessantemente procura Deus está próximo de nós, cristãos. Existe um especial grau de "afinidade" com os muçulmanos. Tal como o Judaísmo e o Cristianismo, também o Islamismo pertence ao > MONOTEÍSMO.  Os muçulmanos adoram igualmente o Deus Criador e veneram Abraão como pai de sua fé. Para o Corão, Jesus é um grande profeta e Maria, Sua mãe, é uma mãe-profetiza. A Igreja ensina que todas as pessoas que, sem culpa própria, desconhecem Cristo e a Igreja, mas buscam Deus de coração sincero e segue a voz da própria consciência, alcançam a salvação eterna. Quem, porem, sabe que Jesus Cristo é "o Caminho, a Verdade e a Vida", mas não O quer seguir, não encontrará a salvação em outros caminhos. É isso que significa a frase em língua latina Extra ecclesiam nulla salus ("fora da Igreja não já salvação"). > 199"

Citações youcat: "LIBERDADE RELIGIOSA É o direito de cada pessoa a seguir a própria consciência na escolha e no exercício da religião. O reconhecimento da liberdade de religião não diz expressamente que todas as religiões são iguais ou que são identicamente verdadeiras."

"A Igreja jamais se deve contentar com a plêiade daqueles que ela alcançou num dado momento e dizer que os outros estão bem assim: os muçulmanos, os hindus e assim por diante. A Igreja não se pode retirar comodamente nos limites do seu ambiente. Ela tem a responsabilidade da solicitude universal; deve preocupar-se por todos e com todos. Bento XVII, 07.05.2006."

REFLEXÃO

Desde o princípio, Deus preserva a liberdade do ser humano. Ele jamais será coagido a aderir a Deus. 

A Igreja deve olhar para as outras religiões como Cristo olha para o mundo, com a perspectiva de Salvação e não, de condenação. Ele diz:

"O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância"  (Jo 10,10).

Diante deste quadro, a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo não poderá ser diferente. Seu agir há de guardar íntima relação com a Palavra que quer dar a conhecer. 
A Antiga Aliança teve início com Abraão, Isaac e Jacó e levou milénios para abraçar um único povo. Um povo  escolhido da estirpe de Abraão. 

O Cristianismo nasceu de uma Nova Aliança de Deus, agora, aberta a todos os povos. Portanto, a Igreja há de ter paciência, humildade e perseverança no levar Cristo aos povos, por toda a Terra. 

Todos somos criaturas livres com tradições que precisam ser respeitadas. A razão humana há de ser iluminada pela fé e sua vontade, disciplinada pela graça de Deus para que, juntas, razão e vontade, fé e graça de Deus, conduzam as pessoas, individual e coletivamente, a descobrir o valor e a necessidade de Cristo e de Sua Santa Igreja para a Salvação dos seres humanos. Foi assim com Santo Agostinho e é assim como cada um de nós.

A palavra de Deus, a boa semente, continua a ser semeada, diariamente. Nossos corações são os diferentes tipos de terrenos onde ela cai. 
A boa semente dá bons frutos, prosperidade à família humana.Cuidado!... O inimigo de Deus e de suas criaturas também sabe semear. E sua semente é venenosa, sufoca a boa semente e destrói as famílias.