QUESTÃO 67 - YOUCAT: "O QUE É O PECADO?"
O ser humano decaído
Youcat responde: "O cerne do pecado é a rejeição de Deus e a recusa de aceitar o Seu amor. Isto revela-se no desdém pelos Seus Mandamentos. [385-390]".
E continua: "O pecado é mais do que um comportamento errôneo; é também uma fraqueza física. Na sua natureza mais profunda, esta rejeição ou destruição de algo bom é a recusa do Bem por excelência, isto é, a recusa de Deus. O pecado, a sua mais profunda e terrível dimensão, é a separação de Deus e, com isso, a separação da fonte da Vida, daí que a morte seja também a consequência do pecado: Jesus sofreu a rejeição de Deus no Seu próprio corpo. Ele tomou sobre Si a violência mortal do pecado, para ele não nos atingir. É neste sentido que usmos a palavra "redenção". > 224-237, 315-318, 348-468.
Citações youcat:" Onde abundou o pecado superabundou a graça. Rm 5,20b.
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CIC [385-390]:
A QUEDA
385. Deus é infinitamente bom e todas as suas obras são boas. No entanto, ninguém escapa à experiência do sofrimento, dos males da natureza – que aparecem como ligados aos limites próprios das criaturas –, e sobretudo à questão do mal moral. Donde vem o mal? «Quaerebam unde malum et non erat exitus – Procurava a origem do mal e não encontrava solução», diz Santo Agostinho (258). A sua própria busca dolorosa só encontrará saída na conversão ao Deus vivo. Porque «o mistério da iniquidade» (2 Ts 2, 7) só se esclarece à luz do «mistério da piedade» (259). A revelação do amor divino em Cristo manifestou, ao mesmo tempo, a extensão do mal e a superabundância da graça (260). Devemos, portanto, abordar a questão da origem do mal, fixando o olhar da nossa fé n'Aquele que é o seu único vencedor (261).
I. «Onde abundou o pecado, sobreabundou a graça»
A REALIDADE DO PECADO
386. O pecado está presente na história do homem. Seria vão tentar ignorá-lo ou dar outros nomes a esta obscura realidade. Para tentar compreender o que é o pecado, temos primeiro de reconhecer o laço profundo que une o homem a Deus, porque, fora desta relação, o mal do pecado não é desmascarado na sua verdadeira identidade de recusa e oposição a Deus, embora continue a pesar na vida do homem e na história.
387. A realidade do pecado e, dum modo particular, a do pecado das origens, só se esclarece à luz da Revelação divina. Sem o conhecimento que esta nos dá de Deus, não se pode reconhecer claramente o pecado, e somos tentados a explicá-lo unicamente como falta de maturidade, fraqueza psicológica, erro, consequência necessária duma estrutura social inadequada, etc. Só no conhecimento do desígnio de Deus sobre o homem é que se compreende que o pecado é um abuso da liberdade que Deus dá às pessoas criadas para que possam amá-Lo e amarem-se mutuamente.
O PECADO ORIGINAL – UMA VERDADE FUNDAMENTAL DA FÉ
388. Com o progresso da Revelação, vai-se esclarecendo também a realidade do pecado. Embora o povo de Deus do Antigo Testamento tenha abordado a dor da condição humana à luz da história da queda narrada no Génesis, não podia atingir o significado último dessa história, o qual só se manifesta à luz da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo (262). É preciso conhecer Cristo como fonte da graça para reconhecer Adão como fonte do pecado. Foi o Espírito Paráclito, enviado por Cristo ressuscitado, que veio «confundir o mundo em matéria de pecado» (Jo 16, 8), revelando Aquele que é o seu redentor.
389. A doutrina do pecado original é, por assim dizer, «o reverso» da Boa-Nova de que Jesus é o Salvador de todos os homens, de que todos têm necessidade da salvação e de que a salvação é oferecida a todos, graças a Cristo. A Igreja, que tem o sentido de Cristo (263), sabe bem que não pode tocar-se na revelação do pecado original sem atentar contra o mistério de Cristo.
PARA LER A NARRATIVA DA QUEDA
390. A narrativa da queda (Gn 3) utiliza uma linguagem feita de imagens, mas afirma um acontecimento primordial, um facto que teve lugar no princípio da história do homem (264). A Revelação dá-nos uma certeza de fé de que toda a história humana está marcada pela falta original, livremente cometida pelos nossos primeiros pais (265).
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REFLEXÃO
O pecado é filho do Diabo porque o Diabo é aquele que divide, aquele que separa o ser humano de sua origem, de Deus.
O pecado originou-se no coração de Satanás; originou-se no desejo que ele alimenta de se tornar Deus ou de ser igual a Deus.
"...Sereis como deuses!..."
O pecado originou-se no coração de Satanás; originou-se no desejo que ele alimenta de se tornar Deus ou de ser igual a Deus.
"...Sereis como deuses!..."
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