QUESTÃO 35- YOUCAT: "CREMOS NUM DEUS OU EM TRÊS DEUSES?"

(Em edição)

QUESTÃO 35: "CREMOS NUM DEUS OU EM TRÊS DEUSES?"




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"Cremos num Deus em três pessoas (>TRINDADE)
"Deus não é solidão, mas perfeita comunhão."
(Bento XVI, 22.05.2005) [232-236, 249-256, 261, 265-266]".




E continua: "Os cristãos não adoram três deuses diferentes, mas um único Ser que desabrocha em três, permanecendo, contudo, um. Que Deus seja trinitário sabemo-lo por Jesus Cristo: Ele, o Filho, fala do seu Pai que está no céu ["Eu e o Pai somos um" (Jo 10,30)]. Ele ora ao Pai e concede-nos o Espírito Santo, que é o amor do Pai e do Filho. Por isso, somos batizados "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". (Mt 26,19).

Citações youcat: "Deus toma o primeiro lugar. Santa Joana D'Arc (1412-1431, lutadora pela liberdade e Santa nacional da França).

Depois de ter descoberto que existe um Deus, tornou-se-me impossível não viver só para Ele. Beato Charles de Foucaud, (1858-1916, eremita cristão no deserto do Saara).

TRINDADE (lat. trinitas = a tríade). Deus é um só mas, em três Pessoas. A Trindade Divina é um insondável mistério: por um lado, baseia-se na unidade das três Pessoas; por outro, desenvolve-se numa diversidade pessoal do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Mt 28,19).

Onde existe o Amor existe a Trindade: Um que ama, um que é amado e uma fonte de Amor. Santo Agostinho.


Leitura do Catecismo da Igreja Católica - [CIC=232-236, 249-256, 261, 265-266]



232) Os cristãos são batizados "em nome do Pai, do Filho e dó Espírito Santo" (Mt 28,19). Antes disso, eles respondem "Creio" à tríplice pergunta que os manda confessar sua fé no Pai, no Filho e no Espírito: "Fides omnium christianorum in Trinitate consistit - A fé de todos os cristãos consiste na Trindade.
233) Os cristãos são batizados "em nome" do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e não "nos nomes" destes três, pois só existe um Deus, o Pai Todo-Poderoso, seu Filho Único e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.
234) O mistério da Santíssima É, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na "hierarquia das verdades de fé". "Toda a história da salvação não é senão a história da via e dos meios pelos quais o Deus verdadeiro e Único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia consigo e une a si os homens que se afastam do pecado.
235) Neste parágrafo se exporá brevemente de que modo é revelado o mistério da Santíssima Trindade (I), de que maneira a Igreja formulou a doutrina da fé sobre este mistério (II), e, finalmente, de que modo, mediante as missões divinas do Filho e do Espírito Santo, Deus Pai realiza seu "desígnio benevolente" de criação, de redenção e de santificação (III).
236) Os Padres da Igreja distinguem entre a "Theologia" e a "Oikonomia", designando com o primeiro termo o mistério da vida íntima do Deus-Trindade e com o segundo todas as obras de Deus por meio das quais ele se revela e comunica sua vida. E mediante a "Oikonomia" que nos é revelada a "Theologia"; mas, inversamente, é a "Theologia" que ilumina toda a "Oikonomia". As obras de Deus revelam quem Ele é em si mesmo e, inversamente, o mistério de seu Ser íntimo ilumina a compreensão de todas as suas obras. Acontece O mesmo, analogicamente, entre as pessoas humanas. A pessoa mostra-se em seu agir e, quanto melhor conhecermos uma pessoa, tanto melhor compreenderemos seu agir.


249) A verdade revelada da Santíssima Trindade esteve desde as origens na raiz da fé viva da Igreja, principalmente por meio do Batismo. Ela encontra sua expressão na regra da fé batismal, formulada na pregação, na catequese e na oração da Igreja. Tais formulações encontram-se já nos escritos apostólicos, como na seguinte saudação, retomada na liturgia eucarística: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" (2Cor 13,13).
250) No decurso dos primeiros séculos, a Igreja procurou formular mais explicitamente sua fé trinitária, tanto para aprofundar sua própria compreensão da fé como para defendê-la de erros que a estavam deformando. Isso foi obra dos Concílios antigos, ajudados pelo trabalho teológico dos Padres da Igreja e apoiados pelo senso da fé do povo cristão.
251) Para a formulação do dogma da Trindade, a Igreja teve de desenvolver uma terminologia própria, recorrendo a noções de origem filosófica: "substância", "pessoa" ou "hipóstase", "relação" etc. Ao fazer isso, não submeteu a fé a uma sabedoria humana, mas imprimiu um sentido novo, inaudito, a esses termos, chamados a significar a partir daí também um Mistério inefável, que "supera infinitamente tudo o que nó podemos compreender dentro do limite humano".
252) A Igreja utiliza o termo "substância" (traduzido também, às vezes, por "essência" ou por "natureza") para designar ser divino em sua unidade, o termo "pessoa" ou "hipóstase” para designar o Pai, o Filho e o Espírito Santo em sua distinção real entre si, e o termo "relação" para designar o fato de a distinção entre eles residir na referência de uns aos outros.

DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

253) A Trindade é Una. Não professamos três deuses, mas só Deus em três pessoas: "a Trindade consubstancial". As pessoas divinas não dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, O Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza". "Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina".
254) As pessoas divinas são realmente distintas entre si. "Deus é único, mas não solitário". "Pai", "Filho", "Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho". São distintos entre si por suas relações de origem: "E o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede".

A UNIDADE DIVINA É TRINA.
255) As pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras: "Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três pessoas considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância'. Pois "tudo é uno [neles] onde não se encontra a oposição de relação. "Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho”.
256) Aos Catecúmenos de Constantinopla, São Gregório Nazianzeno, denominado também "o Teólogo", confia o seguinte resumo da fé trinitária : Antes de todas as coisas, conservai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim.




261) O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus no-lo pode dar a conhecer, revelado-se como Pai, Filho e Espírito Santo


265) Pela graça do Batismo "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19) somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na terra, na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna.
266) "Fides autem catholica haec est, ut unum Deum in Trinitate, et Trinitatem in unitate veneremur, neque confundentes personas, neque substantiam separantes: alia enim est persona Patris, alia Filii, alia Spiritus Sancti; sed Patris et Fuji et Spiritus Sancti est una divinitas, aequalis gloria, coaeterna majestas – A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a pessoa do Pai, outra, a do Filho, outra, a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade”.




REFLEXÃO


HINO DE LOUVOR À TRINDADE SANTA: QUE IMPORTA SABER QUEM SOU!...


QUE IMPORTA SABER QUEM SOU!...
O QUE IMPORTA É O MEU AMOR.
NÃO IMPORTA SABER QUEM SOU!...
O QUE IMPORTA É O TEU AMOR.

GLÓRIA A DEUS PAIS NOSSO REI, SENHOR!...
QUE EM JESUS CRISTO NOS RESGATOU.
GLÓRIA A DEUS PAIS NOSSO REI, SENHOR!...
AO SEU SANTO NOME TODO NOSSO LOUVOR.

GLÓRIA A JESUS, NOSSO SALVADOR,
POIS EM SEU SANGUE NOS RESGATOU,
GLÓRIA A JESUS NOSSO REDENTOR,
NOSSO IRMÃO, FILHO DE DEUS E SENHOR.

GLÓRIA AO ESPÍRITO SANTO DE AMOR,
QUE JESUS CRISTO NOS ENVIOU,
NÃO IMPORTA SABER QUEM SOU,
TRINDADE SANTA IMPORTA O VOSSO AMOR.

NÃO IMPORTA SABER QUEM SOU,
TENHO O ESPÍRITO SANTO DE AMOR,
QUE IMPORTA SABER QUEM SOU,
TRINDADE SANTA IMPORTA O VOSSO AMOR.

MEU DEUS ME INFLAME O MEU CORAÇÃO
DE IMENSO AMOR, E APROFUNDE A FÉ,
FAZEI QUE EU AME AO MEU IRMÃO,
PARA SERVÍ-LO ASSIM COMO ELE É.

MEU DEUS EU O AMO COM TODO O MEU SER,
QUE EU SOU NÃO IMPORTA SABER
LOUVO A MEU PAI, MEU DEUS E SENHOR,
CAPAZ DE AMAR-ME SEM IMPORTAR QUEM EU SOU.

Ó QUANTA GENTE Ó MEU BOM JESUS,
INDIFERENTE ANTE A TUA CRUZ,
Ó QUANTA GENTE JESUS SALVADOR
TÃO INSENSÍVEL ANTE O TEU AMOR.

EU VOS DOU GRAÇAS Ó MEU BOM JESUS,
POR TEU AMOR INTEIRO ME CONDUZ,
PORQUE MANDASTE AO PECADOR
LEVAR AO MUNDO PALAVRAS DE AMOR.

SINCERAMENTE, JESUS SALVADOR,
INDIFERENTE, É SABER QUEM SOU,
MEU BOM JESUS, Ó MEU SALVADOR,
QUERO DISPOR-ME INTEIRO AO TEU AMOR.

(Inspiração, em sonho, Curitiba (Pr), final de dezembro de 1990)

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