PEPITAS DE OURO DA ESTRADA DA VIDA: VIVA EM HARMONIA COM A NATUREZA

(em edição)

VIVA EM HARMONIA COM A NATUREZA!(*)

Filho, devagar com a colher...!
O artigo considera a necessidade de se fazer uma convocação geral para avaliar o modo como se vive e se opera o relacionamento entre os seres humanos e a mãe natureza.


A história nos fala de antropofagia: antes de se tornar civilizado, o ser humano podia estar à mesa do banquete como conviva ou refeição, e isto o tornava semelhante aos outros animais e plantas. É claro que o homem adaptou-se e isto significa, dentre outros, passar a eliminar, domesticar e submeter seres vivos. Ele detém o domínio, as rédeas. Sentado, praticamente só à cabeceira da mesa da mãe natureza, com voraz apetite, não se dá conta de que muitos deliciosos pratos já não lhe são servidos e que é preciso moderar o apetite. 
Quantos seres humanos passaram, também, a ser prato do dia na dura luta pela sobrevivência e ocupação de um espaço na bendita mesa natural?

Estaria ocorrendo hoje uma nova fase de antropofagia? 

O grande desafio: conhecer, bem administrar e preservar os recursos naturais, dentre os quais o ser humano também é incluindo.

Recadinho amável: "Filho, vai devagar com a colher porque a marmita já está ficando vazia!..."

Passo fundamental: É preciso investir para conhecer o meio ambiente, bem administrá-lo e usufruir de seus múltiplos benefícios com prudência e parcimónia. Ninguém ama e protege o que desconhece. Esta tarefa é de responsabilidade, principalmente, do município, linha de frente dos conflitos de uso da terra, onde o povo reside, trabalha e produz. 

A boa gestão dos recursos naturais passa pelo entendimento da vocação natural do ambiente, das terras e da população municipal; alem de viabilizar um rendimento mais sustentável dos bens naturais, cria possibilidades para melhor repartição de benefícios dos recursos. 

Para uma boa administração, as prefeituras precisam criar bancos de dados com as informações básicas municipais, incluindo o potencial dos recursos naturais, do meio ambiente e do uso da terra, em geral. 
Um prefeito interessado em conhecer a vocação do seu município para bem administrá-lo, em benefício da população, é mais valioso do que outro, que esteja preocupado, apenas, em ser um bom político afeiçoado a clientelismo /favoritismo.

Concluindo: A população, em geral, deve propugnar por mudança. Exigir e apoiar o poder público municipal na realização de pesquisas consistentes que garantam melhor utilização e repartição de benefícios dos bens naturais. 
Esta é a regra natural: conhecer para bem administrar e preservar, tendo-se em vista que não somos as últimas gerações a viver neste planeta. 
Os bens naturais são as delícias do banquete da vida. A mesa do banquete permanece posta pelos séculos e, embora muitos se retirem, a cada dia, novos e numerosos convidados nela tomam assento. Estatísticas demonstram que, a cada segundo, dois seres humanos se vão e cinco, são acolhidos à mesa do banquete da vida, na terra. 

(*) Artigo de Pedro Furtado Leite, Eng. Florestal, Fitogeógrafo, aposentado.



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