PEPITAS DE OURO DA ESTRADA DA VIDA: LAMENTO AO RIO MEARIM: P/Auzair Leite
Foto: Local do antigo Porto D. Conceição. Rio Mearim/Trindade/Pedreiras/Ma./11/2009.
Descendo a ladeira de encontro ao meu rio
Resumindo os pensamentos que me acompanham,
Como a um momento de desvario.
Cada passo que dou, lágrimas brotam dos
olhos pela falta do rio onde secou.
Ali onde antes namorava, e nas suas águas mergulhava,
Agora piso é só chão esturricado...
Ao invés d'agua, de lágrimas me banhava.
Quase sem acreditar no que via, sinto-me asa branca do sertão,
chorando a seca e aos maus tratos ao meu torrão.
Culpo-me! E me justifico! Se é possível justificativa.
Quando arribei de ti minha cidade, fugi do tolhimento dos teus carrascos.
Em tenra idade, abandonada, desrespeitada e sem crença...
Os meus poucos cobres causavam indiferença.
Farta do descaso e do desinteresse de uma política consistente pior do que antes me sinto.
Mas com o sentimento poético que me envolve, não consigo assimilar diferente.
Sobre rever e renovar uma política decente.
Distante de ti minha CIDADE...
Diante de ti oh! Meu RIO eu procuro refletir.
Acho que não fiz muito nem por mim, e nem por ti.
Mergulhando nas lembranças vejo do outro lado.
Uma realidade estarrecedora.
Profundamente consternada, desesperançada... Vejo-te!
E anuncio aqui a minha previsão... Não muito distante.
Um deserto sem vida, apenas grotões, e ressequidos vazantes.
Cada passo que dou, lágrimas brotam dos
olhos pela falta do rio onde secou.
Ali onde antes namorava, e nas suas águas mergulhava,
Agora piso é só chão esturricado...
Ao invés d'agua, de lágrimas me banhava.
Quase sem acreditar no que via, sinto-me asa branca do sertão,
chorando a seca e aos maus tratos ao meu torrão.
Culpo-me! E me justifico! Se é possível justificativa.
Quando arribei de ti minha cidade, fugi do tolhimento dos teus carrascos.
Em tenra idade, abandonada, desrespeitada e sem crença...
Os meus poucos cobres causavam indiferença.
Farta do descaso e do desinteresse de uma política consistente pior do que antes me sinto.
Mas com o sentimento poético que me envolve, não consigo assimilar diferente.
Sobre rever e renovar uma política decente.
Distante de ti minha CIDADE...
Diante de ti oh! Meu RIO eu procuro refletir.
Acho que não fiz muito nem por mim, e nem por ti.
Mergulhando nas lembranças vejo do outro lado.
Uma realidade estarrecedora.
Profundamente consternada, desesperançada... Vejo-te!
E anuncio aqui a minha previsão... Não muito distante.
Um deserto sem vida, apenas grotões, e ressequidos vazantes.
Por Auzair Leite
Desprendem das nuvens, descem em chuva.
GOTAS D`ÁGUA DESATINADAS
Desprendem das nuvens, descem em chuva.
Precipitam-se no chão.
Jorram-se em milhares.
Desabrigadas e sem caminho adentro.
Descem dos montes, enchem-se as fontes, rios e ribeirão.
Arrastam as folhagens descobrem raízes.
Barracos infelizes, arrancam das ribanceiras.
E dos desafortunados não tem compaixão.
Correm desatinadas pros leitos: lagos, riachos e mares.
Deságuam cachoeiras, em quedas.
Espumantes ao vento...
Como um véu de noiva ou bolhas de sabão.
Cada gota pingada... Transformou quase, todo o mundo em água.
Que se sentem emancipadas, lavando o nosso chão.
Assim como o mundo, formado em sua maior parte por água...
Também é o nosso corpo.
Como escravo dessas gotas, prontos e disponíveis,
Vivemos... Anoitecemos e amanhecemos.
A falta delas... Desidratamos e conseqüentemente morreremos.
Cada gota de orvalho caída nas folhagens...
Há reconhecimento, e retribuição à própria natureza...
Dar vida... Cresce, e reproduz tudo que se imagina...
Qualquer semente, apenas jogada germina.
Cada gota solta na rosa enfeita e colore a sua beleza...
Destrói vidas e dar vidas...
No útero... Emergindo ao seu tempo, o feto se desenvolve.
Bem protegido das ameaças dos males insanos...
Cumprindo a maior complexidade que a natureza lida...
O ato misterioso da vida.
Cada pingo do chuveiro escorrega sem destino.
Lava, refresca, asseia... Espalha aromas pelo ar.
Alguma delas muito estranha... Escorre em desalinho.
Penetram nas entranhas... Acaricia com carinho.
E quase libidinosa, aloja-se em qualquer lugar.
Algumas gotas d’água atendendo apelos do coração,
Emergem lentas ou rápidas.
Saltam dos olhos, caem na face, deslizam e pingam, se esmagando no chão.
São gotas dolorosas, chorosas, amargas ou felizes...
São gotas sensíveis, criadas e sentidas sem nenhuma premeditação.
Como vimos a maior parte do mundo, é coberto por água...
O nosso corpo é quase todo constituído de água...
Assim também é a nossa vida... Toda necessitada de água.
Portanto, proteja cada pingo, cada gota que cai...
Não deixe ir por ralo adentro...
Todo o nosso mundo, todo o nosso corpo, toda a nossa vida, e todo nosso encantamento.
Hoje teria que ser uma das maiores preocupações mundiais, a escassez, do nosso líquido precioso.
Jorram-se em milhares.
Desabrigadas e sem caminho adentro.
Descem dos montes, enchem-se as fontes, rios e ribeirão.
Arrastam as folhagens descobrem raízes.
Barracos infelizes, arrancam das ribanceiras.
E dos desafortunados não tem compaixão.
Correm desatinadas pros leitos: lagos, riachos e mares.
Deságuam cachoeiras, em quedas.
Espumantes ao vento...
Como um véu de noiva ou bolhas de sabão.
Cada gota pingada... Transformou quase, todo o mundo em água.
Que se sentem emancipadas, lavando o nosso chão.
Assim como o mundo, formado em sua maior parte por água...
Também é o nosso corpo.
Como escravo dessas gotas, prontos e disponíveis,
Vivemos... Anoitecemos e amanhecemos.
A falta delas... Desidratamos e conseqüentemente morreremos.
Cada gota de orvalho caída nas folhagens...
Há reconhecimento, e retribuição à própria natureza...
Dar vida... Cresce, e reproduz tudo que se imagina...
Qualquer semente, apenas jogada germina.
Cada gota solta na rosa enfeita e colore a sua beleza...
Destrói vidas e dar vidas...
No útero... Emergindo ao seu tempo, o feto se desenvolve.
Bem protegido das ameaças dos males insanos...
Cumprindo a maior complexidade que a natureza lida...
O ato misterioso da vida.
Cada pingo do chuveiro escorrega sem destino.
Lava, refresca, asseia... Espalha aromas pelo ar.
Alguma delas muito estranha... Escorre em desalinho.
Penetram nas entranhas... Acaricia com carinho.
E quase libidinosa, aloja-se em qualquer lugar.
Algumas gotas d’água atendendo apelos do coração,
Emergem lentas ou rápidas.
Saltam dos olhos, caem na face, deslizam e pingam, se esmagando no chão.
São gotas dolorosas, chorosas, amargas ou felizes...
São gotas sensíveis, criadas e sentidas sem nenhuma premeditação.
Como vimos a maior parte do mundo, é coberto por água...
O nosso corpo é quase todo constituído de água...
Assim também é a nossa vida... Toda necessitada de água.
Portanto, proteja cada pingo, cada gota que cai...
Não deixe ir por ralo adentro...
Todo o nosso mundo, todo o nosso corpo, toda a nossa vida, e todo nosso encantamento.
Hoje teria que ser uma das maiores preocupações mundiais, a escassez, do nosso líquido precioso.
Por Auzair Leite.
Comentários
Blog esse criado em boa hora.
O Blog REAPASSANDO, é um antigo desejo do Tio Pedro, de estender o seu olhar ao passado da nossa familia, cidade, Ou seja buscando raizes. Ele demonstra aqui todo sentimento, com a sua terra, e ao seu passado.
Agora só falta a colaboração de todos no sentido de contribuir tambem com esse maravilhoso trabalho.